O dia de S. Martinho comemora-se no dia 11 de Novembro. Diz a lenda que quando um cavaleiro romano andava a fazer a ronda, viu um velho mendigo cheio de fome e frio, porque estava quase nu. O dia estava chuvoso e frio, e o velhinho estava encharcado. O cavaleiro, chamado Martinho, era bondoso e gostava de ajudar as pessoas mais pobres. Então, ao ver aquele mendigo, ficou cheio de pena e cortou a sua grossa capa ao meio, com a espada. Depois deu a metade da capa ao mendigo e partiu. Passado algum tempo a chuva parou e apareceu no céu um lindo Sol.
Começamos a nossa marcha por volta das 10h da manhã, junto a cascata do Arado. Nos dois primeiros quilómetros deu para perceber que o trilho não iria ser fácil. Seguimos em bom ritmo pela encosta acima, ao chegarmos ao “estradão” deu para ver a beleza que nos rodeava. Durante a caminhada passamos por alguns vales, onde parávamos um pouco para lanchar e para desfrutar de tal beleza. Ao encontrar as casas dos pastores, ficamos todos perplexos… como poderiam ter levado chapas de zinco para a cobertura das cabanas num lugar daqueles, tão distante?? Num dos vales também encontramos um pastor, um jovem com cerca de 30 anos, ele estava no pasto com trezentas e cinquenta cabritas e três ajudantes (os cães), na conversa que tivemos ele, recolhemos a informação que aquele trajecto era feito todos os dias, começava a subida de manhãzinha e descia ao cair da noite. Deixando o Vale Teixeira para trás seguimos em direcção a antena do Borrageiro. Lá no topo estava muito frio e como estávamos suados seguimos quase sem parar, descemos até Rocalda, paramos para almoçar e para descansar pois estávamos exaustos, é um vale bonito muito verdejante, mas não deu para apreciar ao pormenor porque estava lá um touro a pastar que empunha respeito e como a nossa experiencia com vacas selvagens não é das melhores, preferimos manter-nos à distância. Ao fim do almoço e do tão merecido descanso de um quarto de hora, rumámos para casa sem mais nenhuma paragem. O trilho foi um esforço suplementar, mas deu para ver uma Natureza que não se vê nas aldeias nem nas cidades
Quando saímos de casa dispostos a mais uma caminhada, na companhia de mais dois amigos do que o normal, tínhamos, como objectivo a subida ao ponto mais alto do concelho de Viana Do Castelo, o alto da “Serra De Arga”, escolhendo como partida a aldeia. Pensamos ver mais um sítio magnífico, cheio de área verde e um cheirinho a Natureza, mas na verdade deparamos que “a mão humana” a tinha destruído e que o único cheiro que havia era a queimado. Vegetação… essa só existia quando chegamos à capela de S. João D`Arga, lá realiza-se a festa mais característica do Alto Minho no concelho de Caminha. Quando chegamos a S. João De Arga, aproveitamos para nos refrescar nas lagoas, pois o dia estava quente e a caminhada até lá ainda custou um pouco devido a não existir uma única árvore para fazer um pouco de sombra. Mas apesar de tudo, conseguimos desfrutar de uma vista fabulosa para Stª Tecla (Espanha), vimos vários animais selvagens desde lagartos, aves, cavalos e vacas. Foi um trilho pequeno mas muito bem aproveitado, ainda tivemos tempo para uma cache que ficava a caminho.
Depois de mais de um mês parados sem caminhar, num dia quente, fizemos um trilho que levou cerca de nove horas a caminhar, mas foi um dia excelente. Começamos por deixar o carro na aldeia de Castro Laboreiro, fomos a um café tomar o pequeno-almoço para recarregar a bateria, preparamos as mochilas e… bora lá. A aldeia, ainda que muito transformada, mantém um ambiente tradicional e inúmeros pontos de interesse. Castro De Laboreiro possui interessantes núcleos de pontes históricas, quase todas elas são estruturas da época Romana. Durante o trilho tivemos o prazer de fotografar e ver de perto muitas destas maravilhosas obras. Depois de caminhar já algumas horas aproveitamos para fazer uma pausa para lanchar e desfrutar da beleza da ponte de Assureira, sentamo-nos numa rocha perto da água ouvindo o som da Natureza. Depois de uma longa subida, chegamos ao Bico do Patelo, uma zona muito rochosa com pouca área verde, mas com uma vista mágica. Vale bem o sacrifício da subida! É um trilho exigente, mas muito, mesmo muito bonito, ainda que esteja mal marcado em certos locais. Se não fosse o GPS, de certeza que teríamos feitos vários desvios, por estarmos perdidos. Mesmo ao chegar ao destino (fim do trilho), ainda fizemos um desvio de oitocentos metros para visitar o Castelo de Castro Laboreiro, está construído no alto de um monte, a 1033 metros acima do nível do mar, com difícil acesso. Lá aproveitamos para fazer mais uma cache e para descansar um pouco. Em todo o dia conseguimos, conviver, desfrutar, conhecer, praticar exercício físico, concluir o trilho com sucesso e fazer quatro caches. Foi um dia muito aproveitado.